sábado, 9 de julho de 2011

Celular

Olha eu aqui postando da minha mais nova mania: o celular.
Pois eh... To testando.
O grande problema disso aqui eh a minha falta de habilidade com o teclado. Jah atej consigo usar pontuacao e letra maiuscula, mas acentuacao nao dah... Nao consigo de jeito nenhum. I NEED A HELP!!!

Sumiço...

Mais uma vez sumida daqui...
Já reparei que posto menos quando to bem... Agora não sei se isso é bom ou ruim.
Não to na minha melhor fase, mas também confesso que to longe da pior...
A depressão é quase que sedutora pra mim, mas aprendi a lutar...
Espero poder em breve contar novidades...
Por hora, o que posso dizer é que to encantada... Sem sombra de dúvidas essa é a palavra.
E to muito feliz por encontrar alguém capaz de me deixar assim... Principalmente depois de tanto tempo...

Ah... E também to louca de vontade de conhecer um certo cachorrinho achocolatado... rs
Coisinha mais delícia geeente...

É isso... Caminhando sempre... 
Devagarzinho, sem expectativas, apenas curtindo minhas noites em claro, ou melhor, no escurinho do meu quarto... rs
Fuuuuii

quinta-feira, 19 de maio de 2011

VANESSA

SIGNIFICADO:
DE ESTER, OU DA BORBOLETA. Espécie de borboleta

ANÁLISE DO NOME:
Possui um lucidez incomum, especialmente no que se refere julgar o mundo e as pessoas.
Sempre abre a boca para dizer a coisa certa.
O problema é que não vive com os pés chão, e desliga sua atenção com uma rapidez incrível. As vezes isso da a impressão de não estar nem ai para o que acontece a sua volta.
Liberdade, é uma coisa muito importante para você e, e por esta razão prefere resolver sozinho seus problemas sem pedir ajuda ou conselhos a quem quer que seja.
Não gosta nem de dar nem de receber ordens.
E precisa aprender a controlar a teimosia.

ORIGEM: 
Incerta. Há fontes que afirmam ser de origem inglesa, já outras afirmam ser holandesa.

Pra não esquecer...

"Nunca se justifique. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam."

Aquilo que o incomoda em outra pessoa, geralmente é algo que tambem existe em vc. Pense nisso.

“A vida é como um eco... Se você não está recebendo amor então, preste atenção no que está transmitindo."

Os 3 ultimos desejos de Alexandre o Grande.

Quando à beira da morte, Alexandre convocou os seus generais e relatou seus3 últimos desejos:
1 - que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;
2 - que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados (prata, ouro, pedras preciosas.. );
3 - que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre quais as razões.
Alexandre explicou:
1 - Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;
2 - Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;
3 - Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos..

"O caráter e a inteligência podem impressionar as pessoas, mas é o amor que damos a alguém que nos faz brilhantes e inesquecíveis.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Pegação

Bom... De todas as fases que já vivi, essa é sem dúvida alguma, a mais animada.
To insatisfeita com algumas irrealizações pessoais e não to muito voltada para nenhum tipo de relacionamento no momento.
Sabe aquela coisa de se arrumar, passar horas escolhendo uma roupa, fazer limpeza de pele e depilação durante o dia, caprichar nos hidratantes corporais, escolher entre a lingerie mais despojada ou a mais ousada, esperar a chegada dele, entrar num carro todo limpinho e cheiroso [enquanto nós passamos o dia cuidando da beleza antes de um encontro, eles cuidam para que o carro esteja impecável], trocar aquele beijinho tímido de oi, sentir aquele rostinho liso de barba feita, cabelinho meio molhado, cheirinho de loção pós-barba ou algum perfume sempre irresistível, um som maneiro tocando no carro e a saída, com ou sem destino, os papinhos tímidos, sorrisinhos desenfreados, olhares desencontrados, enfim... O tão esperado beijo... Mais papinho e mais beijo, beijos mais molhados, mais ofegantes, mãos mais agitadas, a volta pra casa com afagos mútuos, o beijinho de despedida, o famoso "te ligo" ou "me liga", os suspiros quando a gente entra em casa, a troca de sms no dia seguinte, a espera de ligações... e blá... blá... blá...
Parece tudo tão legal, né?! 
E, na verdade, é! Mas eu não to disposta... Não to afim... To totalmente sem paciência...
Nem pra isso, nem para os velhos relacionamentos baseados única e exclusivamente no sexo... Nada disso!
Não to dando pra ninguém mesmo... Acho que já até me acostumei com essa falta, pq não me preocupa mais. Hoje to tranquila... Sem espaço pra ninguém... 
No entanto, tenho aproveitado bastante a pegação...
Eu saio um pouquinho, danço um pouquinho, bebo um pouquinho, beijo um pouquinho e me divirto bastante...
Nada de telefones... Eu não adoto esse tipo de tecnologia na minha vida...
Um dia desses, um malandrinho metido a esperto, ficou indignado com a minha ausência de telefone e sorridente me disse:
Ahhh... Não mete essa... Como você não tem? Todo mundo tem! [Com um sorrisinho do tipo: Tá pensando que me engana?!]
Eu respondi indignada:
Juro! Eu não tenho telefone mesmo. Eu sei que parece brincadeira nos dias atuais alguém não ter telefone, mas eu realmente não possuo um.
E, como sempre, me viro pra Fran e pergunto:
Fran, fala pra ele meu telefone. 
No que ela responde:
Que telefone? Você não tem!
E o malandro, ainda não acreditando, deu uma de sábio, fez uma expressão intelectual e me disse:
Olha, eu também não quero um relacionamento sério no momento, nem quero alguém pegando no meu pé... Eu curto isso aqui... Sou feliz assim! Então, não precisa se preocupar em dar seu telefone pra mim. Eu não sou um chato... Só quero me divertir mais vezes com você! Hoje não foi legal? [minha cabecinha balançando dizendo sim enquanto ele segurava meu rosto] Então, podemos repetir isso muitas outras vezes!
E eu com um sorrisinho feliz pelo discurso, [Arrg!] disse que adorei tudo que ele disse e que estávamos na mesma sintonia, mas que, infelizmente, não tinha mesmo um telefone.

Malandrinho puto da vida, disse que ia ao banheiro pra eu pensar melhor...

E eu? Apressei todo mundo pra ir embora...

Meio canalha da minha parte, eu sei... Não fui uma boa menina... Mas detesto insistentes...
E ele tinha uma super cara de carente... Odeio os carentes... São os piores. Sempre grudam!
Se ele só quer curtir, então pra quê pegar telefone? Amanhã ele pode curtir com outra pessoa ueh... É curtição poxa... Curtição é sempre momentânea...
É isso que eu to fazendo agora, curtindo sem culpa, sem me preocupar com o dia seguinte, sem querer saber o que estão achando de mim, se to agradando ou não, pq o que importa é que eu estou sendo agradada, que eu estou gostando, que eu estou curtindo e que eu estou me divertindo... Nada mais...
To pensando só em mim mesmo... E to pensando tanto que não sobra espaço pra mais ninguém...
E eu to muito bem assim!


sexta-feira, 6 de maio de 2011

Ai ai...

Ai gente...
Não aguento mais escrever sobre coisas ruins, mas é que ultimamente é meio inevitável...
To numa fase mega mal... O pior de tudo é que não tenho perspectivas...
Isso tá sendo péssimo...
Não saio, não bebo, não me divirto, não papeio, nem navego mais... E eu não tenho vontade de fazer nenhuma dessas coisas...
Me disseram que quanto mais eu falar que é uma fase ruim, pior ela fica...
Então to começando neste momento a pensar nas coisas boas que tenho na minha vida atualmente e a única coisa que me vem a mente é a AMIZADE.
Apesar dos pesares, eu tenho uns poucos e bons amigos... E mesmo sendo essa chata de galocha, sou muito querida por essas pessoas que não me largam por nada...
Sou feliz por isso...
É bom saber que se importam comigo, que eu não estou sozinha...
Obrigada por não desistirem de mim!
Amo vocês!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

LUTO

Eu não sou uma brasileira que vive comovida com essas tragédias. 
Fico chocada, é claro... Mas não me abalo tanto...
No entanto, essa da escola mexeu muito comigo.
Quando li a matéria na íntegra e assisti a um vídeo, chorei de tristeza...
Essa é a minha realidade diária, me coloquei naquela situação...
Num momento de tamanho desespero, professores e funcionários tiveram que manter o controle pra acalmar os alunos...
Não posso nem me imaginar tendo que socorrer meus alunos... 
Nossa...
Presto minha solidariedade à todas as crianças que vivenciaram esse ato terrível, a vida delas estará marcada pra sempre agora, às que se foram, às famílias que estavam tranquilas por terem seus filhos na escola, e finalmente, aos colegas de profissão que estavam lá, que como se não fosse o suficiente tudo que temos passado nessa luta que é educar, ainda tiveram que passar por esse lamentável episódio...
Meus sinceros sentimentos...
De luto e muito triste aqui...

sexta-feira, 25 de março de 2011

O que você faz quando ninguém te vê fazendo?

QUATRO VEZES VOCÊ
Capital Inicial


Rafaela está trancada há dois dias no banheiro, enquanto a sua mãe,
Toma prozac, enche a cara e dorme o dia inteiro.
Parece muito mas podia ser...

Carolina pinta as unhas roídas de vermelho
Em vez de estudar fica fazendo poses nua no espelho.
Parece estranho mas podia ser...


Gabriel e a namorada se divertem no escuro
E o seu pai acha tudo que ele faz errado e sem futuro.
É complicado mas podia ser...

Mariana gosta de beijar outras meninas
De vez em quando beija meninos só pra não cair numa rotina.
É diferente mas podia ser

O que você faz quando ninguém te vê fazendo?
Ou...

O que você queria fazer se ninguém pudesse te ver?
Composição: Dinho Ouro Preto/Alvin L.

Boa pergunta!
Quando ninguém vê...
Eu ando pelada em casa, assisto a vídeos para adultos [Ohhhh... Yess], pratico auto-conhecimento corporal [Semmpreee, mas sozinha ainda tem direito a áudio... Uhulll], como horrorosamente e depois vomito horrores quantas vezes for preciso...
Agora, o que eu faria se ninguém pudesse me ver...
Complicado...
Eu sei que olharia de tudo... Sou uma observadora nata! O EX me chamava de cientista social, pra não chamar de fofoqueira... rs
Não que eu seja, mas acabo me perdendo observando as pessoas e seus comportamentos... Percebo climas tensos entre casais, possíveis mágoas ou desafetos, paqueras, interesse mútuos ou paixões recolhidas... Não sou vidente não... Mas, há certas coisas que conseguimos perceber no ar e pra uma observadora como eu fica fácil e incrivelmente atraente, a ponto de prender minha atenção por bastante tempo... E aí, quem está comigo, nesse caso, o EX, percebe logo... por isso ele me chamava de cientista social... Pq quando ele pedia pra eu prestar atenção nele eu comentava... "Como o comportamento das pessoas é engraçado, não é"... E ele perguntava: Pq, o que aconteceu ali, me conta! rs... Ele sabia que não era fofoca pura e simples...
O engraçado, é que muitas vezes não percebo o que está a dois palmos do meu nariz... Fico lesada assim, pelo simples fato, de não observar a minha própria vida e as pessoas que talvez estejam nela...
Mas, voltando a pergunta... Eu acho que ficaria observando coisas que me interessam e até as que não me interessam... Andaria por aí olhando tudo, fotografando e anotando... rs
Na verdade mesmo, não costumo pensar em coisas que jamais irão acontecer... Perda de tempo!
Eu sempre fui uma sonhadora, ainda sou, mas eu sonhava com coisas que não existiam... Sonhava em encontrar fadas e bruxas, ou até mesmo, ser uma! rs
Eu fantasiava tudo, e não tinha 7 anos não... Isso acontecia até eu casar... Depois acabou...
Ele sempre dizia pra eu colocar os pés no chão, até aquelas brincadeiras de "E se eu ganhasse na mega sena?" ele conseguiu fazer parecerem ridículas quando eu falava...
Esse tal de "E se..." não existia pra ele a passou a não existir pra mim também...
Acontece... rs
Hoje eu sou uma pessoa sem sonhos fantásticos e que não acredita em sorte!
Por isso não costumo pensar nessas coisas...
Mas seria muito interessante.. rs

Resolvido!

Conflitos familiares resolvidos!
Ééééééé...
Família Ê... Família Á... Família Família!
Depois de uma noite péssima, minha mãe entrou no meu quarto ao acordar, chorando e me pediu um abraço...
Disse que me amava e pediu perdão. Pediu pra eu não ficar com raiva da minha família, pois todos me amavam... Disse que eu sou tão linda, mas tão difícil...
Eu correspondi o abraço, disse que também os amava, que não ficaria com raiva de ninguém e pedi pra ela não ficar daquele jeito...
No final ela disse que é uma mãe torta, mas me ama muito...
Eu acredito, sei que ela me ama... Mas, às vezes, simplesmente, não dá!
Eu sei o que aconteceu!
Ela tem medo que a gente vá embora... às vezes, quando papai está pegando muito pesado conosco aqui, ela fica apavorada com a ideia de não suportarmos e irmos embora... Ela uma vez chegou a dizer: É agora que eu perco minhas filhas de vez! Eu e a Fran a consolamos...
Não fico pensando nisso o tempo todo. Gosto da vida que estou levando hoje... É melhor do que as anteriores. Melhor do que quando estava casada e embora tivesse muitas vantagens morando sozinha, viver aqui, ainda consegue ser melhor.
Mas ela sabe que eu não vou suportar tantas cobranças e pressões bobas... Já não suportava quando tinha 17 anos. Imagina agora, com 27? Fica difícil não é mesmo?!
E além do mais... Estive vendo minhas contas aqui e percebi o que suga tanto meu dinheiro: O carro!
Não que ele me dê problemas, não é isso. Mas ele é responsável por um gasto substancial do meu salário com combustível e com pequenas coisas que sempre tem que fazer...
To gastando quase R$300,00 com isso todo mês. Se eu me dou ao luxo de gastar R$200,00 no cartão... Pronto... Já vai aí quase a minha dobra!
E ainda tem o carro e o empréstimo! Quebrada... rs
Mas... Estive pensando...
Se eu morasse bem pertinho da escola [Isso quer dizer: Naquele Bairro!] eu eliminaria o dinheiro do combustível e, se tratando de "lá", sem dúvida daria pra pagar um aluguel de um quarto+sala simples...
Eliminando o restante da luxúria... Até que daria pra ter uma vida bem mais ou menos morando só...
Tirando o empréstimo, o carro e combustível... O restante é absolutamente dispensável, assim como, o combustível também seria, se eu morasse próximo ao meu local de trabalho...
Tem a conta de luz, "quiçá" água né... Pq nesses bairrinhos eles não cobram essas coisas... rs
E tem as compras... Considerando que eu tomo café, almoço e lancho na escola... Dá pra imaginar que o gasto não será gigantesco...
Massss... São só hipóteses... Não quer dizer que eu vá... Quer dizer que é possível ir...

terça-feira, 22 de março de 2011

Família...

Eu sei que eu não deveria ter esses sentimentos feios e só Deus sabe o quanto eu me esforço para não tê-los.
Eu tento tanto manter meu coração limpo... Sou uma pecadora e não to me eximindo de várias culpas que tenho, mas procuro não ter sentimentos ruins pelas pessoas por achar que isso é muito mais negativo pra mim do que pra elas.
Mas agora eu estou com muita raiva...
Eu to chorando, mas não é de mágoa, nem de tristeza... É de ódio!
Ódio por ter que engolir seco, por ter que acatar ordens, por ter que ouvir certas verdades e não poder fazer nada.
Sempre tive problema com a minha mãe. Fui uma adolescente revoltada sim. Ela dizia que eu era rebelde sem causa, mas eu sempre discordei.
Ela sempre provocou meu lado mais agressivo. Usando frases do tipo:
  • Eu sou a mãe, você é filha. Tem que obedecer!
  • Cala a boca! [Nossa... Essa me mata!]
  • Eu mando, a casa é minha!
  • Vai fazer pq eu to mandando!
  • Vai agora!
E otras coisas do gênero... Isso não funciona comigo... Nunca funcionou!
Eu realmente não podia responder, então quebrava a vassoura, arracanva os olhos dos ursos, jogava roupas no chão pra não fazer barulho, batia forte a porta do quarto e deixava pra trás tudo que ela tinha "mandado" fazer e não abria a porta nem por um nada.
Quando eu ainda era adolescente, ela me levou a uma psicóloga pra tratar minha agressividade e depois de algumas sessões a psicóloga fez uma reunião com nós duas e, com muito jeitinho, disse que quem precisava de tratamento era ela, pois eu só estava respondendo, ao meu modo, o tratamento que eu recebia.
Meus pais nunca foram agressivos comigo e com a minha irmã, minha mãe batia na gente sim, mas nunca foi uma surra. Na época até eu achei que era um absurdo ela falar isso da minha mãe, mas hoje eu entendo. A agressividade era a minha forma de expor, já que eu não podia responder, nem optar, só podia obedecer calada... Eu explodia...
Depois de certa idade, minha mãe não batia mais na gente, mas ameaçava bater...
E com a idade avançando essas minhas crises se intensificaram, e ela voltou a me bater...
Eu me revoltava mais pq eu já não era mais criança, tínhamos quase o mesmo corpo, a mesma altura e pra me machucar, ela usava toda sua força, ficava com os braços doendo e eu não podia revidar, o que eu sempre considerei uma covardia, pq era como se ela estivesse lutando com alguém com os braços amarrados.
Ela me batia, eu caía na cama, levantava e continuava olhando pra cara dela, sem nada falar e pronta pra levar mais, mas sem entregar os pontos. As lágrimas desciam, mas eu não dava o braço a torcer...
Da última vez que isso aconteceu eu já tinha 21 anos. Não lembro o motivo, mas lembro que ela me bateu muito. Fiquei com os hematomas roxos nos braços. Mas me irritei tanto que segurei os braços dela... Nunca senti vontade de bater nela não... E ela me dizia assim: Você é louca pra me bater, não é?
Nesse dia que segurei as mãos dela, ela disse que eu havia batido nela, mas ela sabe que não... Ela socava meus braços, lembro perfeitamente do som... Não era o estalo de um tapa, era um som mais fechado e doía, mas eu não reclamava... Caía na cama e parava pertinho do rosto dela... Não conseguia segurar as lágrimas, mas não abaixava a cabeça e ela dizia que eu a estava enfrentando e me batia mais... Aí eu segurei os braços dela e larguei rápido, coloquei uma calça de ginástica e saí... Ela perguntou aonde eu ía e eu não respondi... Fui saindo e ela disse que se eu continuasse não era pra voltar mais... E eu nem olhei pra trás...
Saí andando sem rumo... Naquela época, eu não estava sozinha... O Jr ligou lá pra casa minutos depois e ela disse q havia brigado comigo e eu tinha saído sem celular e sem dizer pra onde ía... Ele não pensou, foi pra minha casa, olhando pelo caminho, não me achou e continuou rodando por outros caminhos, acabou me achando quase na Alameda, me pegou e me levou pra casa dele... Fiquei uma semana por lá e foi nessa época que resolvemos casar... Eu não queria voltar pra casa... Depois disso, meu relacionamento com ela mudou... Eu deixei de ser amiga...
Só passamos a nos dar bem depois que eu casei...
Quando estava morando com a Fran também...
Aí eu voltei!
Estava dando tudo certo... As vezes ela me irrita muito, mas dá pra suportar...
Agora, depois que ela fez essa cirurgia, ela está insuportável...
Começou pq eu não fui até o hospital. Poxa, ela só podia ter 1 acompanhante, tudo bem que o quarto era particular, mas não havia necessidade de eu estar lá... Eu passei o fim de semana em casa, arrumei tudo, fiz a comida e quando ela chegou, todos estavam em cima dela e ela me perguntou: Não vai ajudar a sua mãe não?
Ela sabe que eu não consigo olhar nem picadinha de mosquito com casquinha e fica exigindo que eu chegue perto pra olhar a cirurgia... 
Fica me colocando a prova o tempo todo... Não respeita minha posição.
Eu, pra suprir isso, tento fazer de tudo pra ajudar... Arrumo, lavo, passo, cozinho... Uma verdadeira dona de casa... 
E ela sempre dizendo que eu não faço nada... Francine chega do trabalho e, muito mal, lava o prato que ela comeu... Mas faz curativo e auxilia minha mãe no banho... Então... Coitadinha da Fran, ela mal chega e já está trabalhando... Eu chego do trabalho, só troco de roupa e fico em pé por mais ou menos duas horas na cozinha e ela diz que eu só faço a janta. Isso já tá me enjoando...
Não to aguentando mais... Ela chega perto pra reclamar de mim, pq não aguenta mais a minha cara feia o tempo todo e quando eu vou falar, sabe o que ela faz? Vanessa, chega! Não to afim de discutir isso...
Tudo bem... Eu comecei a fazer as coisas do meu jeito... No fim de semana eu não tomei iniciativa pra nada... Francine fez o almoço no sábado e no domingo... Ela ainda me pediu pra lavar a louça e depois minha mãe bateu na porta do meu quarto pra me pedir pra arrumar a cozinha... Fran fez a comida e passou o resto do fds assistindo TV.
Hoje eu cheguei e a faxineira estava aqui, então não tinha muito o que fazer, já que ela estava limpando a cozinha... Fiquei no meu quarto e acabei dormindo um pouco... Na hora que levantei, ela me disse que papai havia deixado o frango na pia pra eu limpar e eu perguntei: Pq não Francine? Ela prontamente respondeu que a Fran estava atarefada desde a hora que chegou e eu estava dormindo...
Nem preciso dizer que a discussão começou... Aí ela, como sempre cortou o assunto... Logo depois, ela mandou a Fran largar o frango e vir a porta do meu quarto pq ela queria falar com as duas.
Disse que a partir de agora teremos hora pra acordar, que ela vai exigir mais de nós, que nós estamos na casa dela e teremos que cumprir as regras dela, que não quer ninguém elevando o tom de voz pra ela e que ou a gente faz o que ela quer ou a coisa vai ficar feia. 
Eu perguntei: Feia como? Vai me bater de novo?
E ela respondeu: Eu não, seu pai! Ele está perdendo a paciência com vocês - E corrigiu - Com vocês não, Vanessa. Com você!
Aí a Fran foi liberada e a conversa continuou só comigo. Eu disse que cumpro as regras pq são minhas obrigações, mas que além de me obrigar a fazer as coisas ainda tem que ser na hora que ela quiser e sorrindo... Pq ela vive reclamando da minha cara... Aí, ela disse que eu vou fazer o que ela quiser e na hora que ela quiser, mas a minha cara é problema meu, pq ela não tá nem aí se eu to gostando ou não, ela quer que eu faça... E começou a falar uma série de coisas e eu questionando todas... Pq eu também mereço ser respeitada e ela disse que não... Que quem tem que respeitar a mãe é o filho e não o filho respeitar a mãe.
Onde já se viu? Eu não mereço respeito? Me mandou calar a boca, disse que já tinha terminado e eu continuei questionando.
Foi então que meu pai deu um grito lá da área: Eu já estou perdendo a minha paciência!
Nossa... Como ele é grosso! Parecia que estava numa briga de bar... Que vergonha!
Aí eu tive que engolir seco, entrei no banheiro e disse baixo pra ela: Agora você gostou, né?
Ela respondeu alto: |Gostei pq, Vanessa? Posso saber? Acho que você perdeu a noção!
Só pra ele ouvir...
Minha vontade foi de gritar com toda força da minha garganta que a odiava, jogar tudo que estava na minha frente no chão, rasgar uns papéis da escola que estavam na minha mão... Mas eu engoli, assim como engoli meu choro... Odeio chorar na frente das pessoas. Odeio ser fraca, mostrar fraqueza, mostrar fragilidade... Odeio isso...
Peguei minha toalha e entrei pra tomar banho... Aí sim eu chorei... Mas foi de ódio por ter que engolir tudo isso...
Odeio ordens!!! Ela me disse pra eu imaginar que estou no trabalho, pq lá eu sou muito mais competente do que em casa. Eu disse a ela que seria impossível, pq eu sou paga pra fazer o que eu faço lá, eu estudei pra isso... Não me preparei pra ser dona de casa...
Ser obrigada a aceitar isso me faz tão mal... E dessa vez eu tenho que encarar tudo sozinha... Isso dói!
Antes eu tinha ele comigo... Me dava força... Me acalmava... Me apoiava... |Estava sempre do meu lado, pq ele via como ela era...
Agora não... Não tenho a quem procurar pra me contar uma piada, pelo menos... É nessas horas que faz falta... Muita falta...
Eu estava gostando de morar aqui... Mas agora vou começar a me preparar pra ir embora... Não vou suportar isso...
Ela já começou com essas ordens... Esses dias veio falar que precisamos ajudar em casa, que meu pai não exige nada, mas que seria nobre da nossa parte, principalmente eu, que uso muito o computador... Outro dia jogou uma piadinha que eu sou a que mais gasta luz em casa, por causa do computador...
Poxa... Nem banho quente eu tomo... Só estando muito frio mesmo. A televisão de 42" não consome energia não, as duas geladeiras também não... Só o computador...
É implicância... Eu disse que ela está um nojo depois dessa cirurgia... E é verdade... Intragável...
To desabafando pra ver se diminui esse sentimento ruim do meu coração... Pq tá muito forte... Minha vontade foi entrar no carro e sumir... Mas não posso fazer essa infantilidade e voltar no dia seguinte com cara de arrependida. Vou me estruturar novamente e quando eu sair, vou sair de vez...
Não queria isso... Aqui consigo juntar dinheiro e tal... Mas vai ficar difícil suportar isso...
Vai acabar dando uma merda grande e eu prefiro evitar...
Sem saco pra revisar o texto...
Vou dormir e rezar muito pra Deus me ajudar a não sentir isso que to sentindo...

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