sexta-feira, 31 de maio de 2013

Palavras de amor


"Eu sou uma eterna apaixonada por palavras. 
Música. 
E pessoas inteiras. 
Não me importa seu sobrenome, onde você nasceu, quanto carrega no bolso. 
Pessoas vazias são chatas e me dão sono. 
Gosto de quem mete a cara, arrisca o verso, desafia a vida…
Eu sou criança. 
E vou crescer assim. 
Gosto de abraçar apertado, sentir alegria inteira, inventar mundos, inventar amores. 
O simples me faz rir, o complicado me aborrece..."

Fernanda Mello

Prefiro evitar tais gomas...

"Você seria só mais um dos chicletes que masco para distrair o dia 
se não viesse com a capacidade incrível de recuperar o sabor o tempo todo."
Tati Bernardi

quarta-feira, 22 de maio de 2013

De partida


Coração tranquilo, alma leve, malas prontas...
Enfim... Pronta pra partir!
Nas malas carrego saudades, lembranças, frustrações e algumas poucas e boas conquistas.
Não sou de deixar nada pra trás, não sou de virar as costas e simplesmente ir. Carrego tudo comigo.
As malas, eu largo nos porões empoeirados das minhas lembranças perdidas, mas estão lá e são minhas. Não as deixarei.
À minha frente uma longa estrada sem destino definido. Sem data prevista pra chegada.
O que menos importa pra mim é o destino e nem quero saber aonde, nem quando vou chegar.
O importante, nesse momento, é percorrer. 
É avançar!
Nada me prende aqui. Nada me prende em mim.
Nada me espera lá. Não sei o que vou encontrar.
Acho mesmo, que a estrada é o meu lugar...
Por isso, estou de partida!

sábado, 11 de maio de 2013

Dia das mães

Todo ano, no dia das mães estávamos lá... Todas juntas!
Como não lembrar?
Como não ficar com o coração apertadinho de saudade?
Como não reviver toda aquela dor?
Foi a pessoa mais próxima que perdi e hoje eu sei, que é uma dor que nunca passa...
A amamos da mesma forma, como se ela ainda estivesse aqui. Isso não diminui nunca...
Conseguimos conviver com a ausência, as lembranças no dia-a-dia vão diminuindo, nos acostumamos com a saudade.
Mas cada vez que lembramos, dói.
Dói não poder mais apertar, beijar, ouvir sua voz, sua risada incomparável, seu cheirinho bom de vovó... Dói tanto!
Amanhã não estaremos reunidas e ela não estará entre nós, mais uma vez...
A vida continua, mas onde fica a animação? Não tem mais espaço. Não na minha casa!
O clima aqui é de tristeza. Cada uma tentando entreter-se com alguma atividade, nada planejamos e procuramos nem pensar. Sequer tocamos no assunto pra tentar amenizar as dores, ou pelo menos, para não externá-las.
A sensibilidade é tamanha, que tentamos nem nos olhar muito, pois cada olhar transmite a dor que está dentro de nós mesmas... Eu posso enxergar a minha dor no olhar delas e vê-las sofrendo me dói ainda mais.
Amanhã vamos a missa juntas e depois passaremos lá pra pegar algo com vovô. Força, é só quero ter.
Força pra suportar e força pra segurá-las. Eu devo ser forte!
Estamos fragilizadas demais e amanhã os olhares tristes e abraços carregados de lágrimas serão inevitáveis...
Ainda é difícil dizer "feliz" dia das mães. Sem ela aqui é muito difícil.
Mas, que seja sereno. Que tenhamos nossas dores amenizadas pelo conforto da família que temos.
Ainda estamos todas aqui, com saudade, mas estamos. E estamos juntas nisso. Pra sempre!
Ela sempre teve orgulho de nós. Orgulho de cada uma e de todas juntas. Orgulho da nossa união.
É isso que somos. Somos um elo, um círculo, uma família!
Além da dor da saudade que neste momento toma conta do meu coração, também tenho a certeza de que seremos sempre o fruto de tudo que ela tanto cultivou: A família Teste!
Que podemos contar umas com as outras nas alegrias, nas dores e na saudade. E amanhã, mesmo que não estejamos juntas, saberemos que compartilhamos essa saudade que é só nossa. Só quem brincou naquele pescoço saberá o que passaremos. Não importa onde estaremos amanhã, pq em algum momento, nosso pensamento se unirá àquele almoço clássico de domingo com a ilustre presença dela. Estaremos juntas lá. Juntas em coração, juntas em oração, juntas em emoção... Juntas!
Francine, Priscilla e Cristiane, vejo vocês lá!

"Não escolha o melhor...


Escolha aquele que faz você sentir-se melhor!"
Guerra é guerra


Muitas vezes é assim mesmo.
Não é que não amemos o outro pelo que é, nós amamos sim. 
Mas na maioria das vezes, amamos o que somos quando estamos com o outro.
Amamos o que ele nos faz sentir, como ele nos faz sentir.
Quando amamos usamos frases como: "Me sinto segura ao lado dele." "Ele me faz bem!" "Sou tão feliz"
O mesmo acontece quando odiamos. Odiamos o que nos tornamos com aquela pessoa.
É muito comum ouvir de alguém: "Como fui idiota!" "Como fui burra". Ou ainda pior, aqueles clássicos: "Me dediquei, abri mão, me importei e olha o que eu ganhei."
Você odeia suas próprias atitudes, odeia ter se permitido ser aquilo pra alguém que não merecia. Odeia as próprias expectativas.
No fundo, não é só o amor ou o ódio que sentimos pelo outro, mas sim o que ele faz com que você sinta.
E aí?
Você ama o que é com ele, ama o que ele causa em você, o que ele a faz sentir...
E isso é incrível!
É estar com alguém que faz com que você seja o melhor que poderia ser...
Pense nisso na hora de permitir a entrada de pessoas em sua vida. 

sexta-feira, 10 de maio de 2013

O que os outros vão pensar?

Sabe que eu não to nem aí?!
Nunca fui de me importar muito com isso, não...
É claro que me preocupo com as pessoas que amo. Não quero decepcioná-las, por isso, chame do que quiser, mas me esforço para agradá-las sim! São pessoas importantes pra mim.
As demais? Não to nem aí!
Como já dizia Jair Rodrigues na canção:
Deixe que digam, que pensem, que falem!

Eu sou esse poço de contradições inconstantes. Mas não finjo ser quem não sou pra impressionar ninguém. 
Eu sou a moça católica que vai a missa todo domingo, se confessa e comunga. 
Sou a pessoa tímida que fica num cantinho sem ser notada e a bobona que faz piada o tempo todo no meio da roda. 
A desavergonhada que fala putaria pra deixar as amigas sem graça, mas que morre de vergonha quando escuta a mãe falar também. 
Sou a inteligente que repara em todos os seus erros de português e a relaxada que fala "mermo" quando o nível do vocabulário ao redor baixa demais. 
A baladeira que não tem mais paciência pra noitada e sequer lembra da música que tocou e a careta que não desgruda da cama.
A bêbada que foge da lei seca pq bebeu a noite toda pra se soltar e esquecer pq quis sair de casa naquela noite. 
Sou aquela que aprecia uma boa leitura, um bom vinho, uma boa música e uma boa cia, mas também sou a que bebe cerveja a noite inteira e conversa com qualquer desconhecido ao som do pancadão. 
Sou a pessoa que não se importa com mais nada, mas que vive sentida com a atitude e descaso dos outros.
A que diz que vive muito bem solteira e que não quer saber de namoro sério, mas que se sente sozinha na maioria das vezes. 
Sou a tola que inventa experiência sexual pra não parecer antiquada e bocó.
Sou a que espera sua atitude e sou a que te ataca antes mesmo de você pensar. 
A que tá beijando geral e a que não dá pra ninguém há séculos! (Que triste!)
A dos bares com música ao vivo e roda de amigos e a que topa qualquer cia e qualquer lugar pq vai surtar se não sair de casa. 
A que sorri quando quer chorar. 
A durona que dá banho em qualquer manteiga derretida por aí.
A mulher madura e objetiva. A menina mais infantil e indecisa do planeta...

Eu não sou nenhuma dessas isoladamente. Sou um pouco de tudo isso. Uma mistura louca.
Você não pode me definir por uma atitude, ou até mesmo por uma fala momentânea. Aqui mesmo, no blog, já fui de muitos jeitos e quando me leio, chego a me envergonhar. Certa vez quis até apagar alguns textos, mas isso não mudaria os fatos. Passamos por um processo constante de transformações e pra ser essa que escreve hoje, precisei ser aquela que um dia já me envergonhou. 
Hoje não! Hoje não mais... Me respeito demais pra sentir vergonha de mim.
Eu sou tantas coisas e posso ser ainda mais. Mas não serei pra chamar sua atenção, nem pra fazer você gostar de mim.
Serei quando você me conhecer melhor, me descobrir, me permitir ser tudo que sou capaz... Serei, na medida em que eu quiser me mostrar pra você.
Depois disso, você pode pensar o que quiser. 
Dificilmente quem vê de fora sabe com exatidão o que se passa do lado de dentro.
E o que as pessoas que estão do lado de fora pensam ou falam, não é do meu interesse!

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Mudar...


Acho que mudar faz parte da vida. Mudamos o tempo todo. É inevitável!
Eu sempre me orgulhei de não ser a mesma a todo tempo. De mudar de ideia, de opinião, de plano, de direção...
Mas quando penso no que sou de fato, na minha essência... Não aceito mudar.
É como trair a mim mesma, sabe?!
Como negar quem eu sou.
Eu quero continuar sendo a moça tímida que não encara os rapazes, a menina frágil que ainda sente ciume da mãe com a irmã. A boboca que faz todo mundo rir e adora passar o tempo ao lado de crianças...
Eu me esforço pra continuar sendo essa. Mas eu não estou sendo mais!
To perdendo muito da timidez, da ingenuidade, da caretice, da bobeira...
Encaro pessoas, tomo atitudes, me exponho, me mostro...
Minha base tem mudado e eu não consigo aceitar isso...
Quero ser a mesma de sempre... Mesmo que isso me deixe parada no tempo, mas eu quero...
Mas ultimamente tem sido tão difícil NÃO mudar... Tão inevitável...

Loooooouca... louquinha!

Bem eu ultimamente, heim...
Esqueça tudo que eu falei sobre sair e não olhar pra ninguém e querer só dançar e me divertir.
Isso era antes. Agora meu novo prazer é passar o rodo!
Quero conhecer, quero conversar, quero trocar olhares, quero beijar...
Quero a graça do beijo do encontro misturado com o ardor da despedida. Conhecer uma boca e desfazer dela. Tudo isso no mesmo beijo. Sorrir sabendo que aquilo nunca me arrancará suspiros, nem lágrimas, nem dor...
Entendi, enfim, o que é desapego!
E é tão bom não se apegar... Saber que aquela cia de ontem é bem diferente da de hoje e, com certeza, será o avesso da de amanhã...
E quando alguém fica pro dia seguinte e te chama pra sair, você sabe que não vai evoluir, acaba se soltando e vendo que esse é o seu melhor. Você é melhor quando não sente. Você ri com o rapazinho que tenta te impressionar e te provoca a semana inteira com fotos nada discretas. Aquelas fotos que você mostra pra todas as suas amigas dizendo: "Peguei e vocês deveriam experimentar!". Pq essa é a única graça que você vê em toda a situação...
Você vê o celular tocar, mas não sente vontade de atender pq, sequer, lembra pra quem foi que deu o número, imagina o nome do sujeito... 
Você dança, curte, beija, chega em casa de manhã já com o pão pro café, dorme sorrindo e acorda feliz por ter tido uma noite maravilhosa e sentir-se tão bem, tão atraente, tão desejada...
Feliz por não querer ninguém. Por não gostar de ninguém.
Essa é minha fase mais louca, e vou te dizer, to curtindo isso heim!

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Estranhamente encantadora



“Ela é estranha.
Tem olhos hipnóticos. 
E a gente sente que ela não espera mais nada de nada nem de ninguém, que está absolutamente sozinha e numa altura tal que ninguém jamais conseguiria alcançá-la. 
Muita gente deve achá-la antipaticíssima, mas eu achei linda, profunda, estranha, perigosa. 
É impossível sentir-se à vontade perto dela, não porque sua presença seja desagradável, mas porque a gente pressente que ela está sempre sabendo exatamente o que se passa ao seu redor.”


Caio Fernando Abreu

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Príncipes desconstruídos

Cada pessoa que entra na minha vida passa pelo papel de príncipe, apaixonado, amante e lobo mau dentro da minha cabeça e numa fração de segundos.
Eu acabo de conhecer e já vejo todas as possibilidades.
Aos poucos, o príncipe vai deixando de existir.
Um defeito, um vacilo, uma incompatibilidade e pronto... Ele vira um belo sapo.
Isso acontece pq me encho de expectativas e conhecer alguém é como alimentar tudo isso.
Eu crio, sonho, imagino e claro, me decepciono!
Quando será que vou aprender?
Viver assim é tão pior...
Expectativas geram decepções.
É tão mais fácil enxergar sapos e descobrir que eles podem ser príncipes. Assim, então sorrir pela surpresa gostosa...
Vou tentar...

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