segunda-feira, 8 de abril de 2013

Paralelos inconsistentes

Será que passamos por tudo que temos que passar pra aprender o que um dia não fomos capazes? Sei que a vida em si já é uma grande lição. Mas será que essas nuances são usadas para nos ensinar?
Sempre me pergunto isso pq fiz coisas com o ex que ao longo dessa minha vida sozinha fui compreendendo mais ou menos o que ele passou devido a situações que acabei vivendo. Hoje sou capaz de entender, talvez, o que ele sentiu por causa do que vivo.
Hoje sei o que ele dizia quando me contava que saía com a moça sem vontade. Que era bom quando estavam juntos, mas que antes de ir, tudo que ele mais queria era que eu ligasse ou aparecesse, que eu era a preferência dele, que eu era o que ele queria, mas eu não estava lá e ele só tinha a ela...
E assim foi...
Dentre outras coisas que já vivi remetendo a ele, agora vivo exatamente essa situação.
Eu vou, mas vou olhando pro celular, esperando até o último segundo uma mensagem. Esperando algo que me resgate. 
Mas isso não acontece, então eu vou...
Enquanto estou lá não lembro mais de nada. Tudo é perfeito e nem vejo a hora passar, mas quando saio corro pro celular na esperança de encontrar um apelo, uma declaração, um contato, um "oi"...
Mas nada encontro. Mais uma vez seu nada me incomoda...
Só que a cada vez que volto, volto menos disposta a lutar por você, menos disposta a permanecer ao seu lado...
Lembro que pensava no Jr no meio de uma balança onde eu e ela estaríamos nas extremidades. Quando tudo começou, a balança pesava toda pro meu lado, mas aos poucos foi esvaziando, chegou a um momento equilibrado onde ele se viu mega confuso, mas depois ela foi pesando mais na vida dele. E mais, e mais...
Até que o que eu tinha pra pôr na balança foi insignificante.
Também me vejo nessa situação. A balança ainda é mais pesada pro lado dele. Aliás, é totalmente pro lado dele. Mas a cada novo encontro, a cada nova mensagem, ligação, o novo e inusitado vai ganhando peso e espaço. Cada vez mais vai me ganhando. E quer saber? Tudo que eu mais quero é que me ganhe mais e mais...

domingo, 7 de abril de 2013

Inusitado

Inusitado: Que não surge com frequência; raro, inabitual. Incógnito, inédito.

Se eu pudesse definir com uma única palavra essa situação, eu chamaria de “inusitada”.
Sabe aquelas pessoas que aparecem do nada em nossa vida, quando a gente não espera mais nada, não acredita em mais nada?
E de repente começa aquele papo direto e objetivo, sem muitas ondulações na voz. 
A gente senta e desabafa com o olhar franco. 
E ao terminar a conversa, estão os dois lá, com cara de bobos, pensando que se conhecem há anos, e encantados um com o outro de alguma forma. 
Eu sei que não tenho um gênio dos melhores. Sou complicada. Exagerada. Evasiva. Independente. Estranha. Dramática. Impaciente. Drástica. Categórica. Tudo isso sempre. Até demais. 
Percebo pelos seus olhos que você procura respostas nos meus o tempo inteiro. E mesmo que não acredite, eu, simplesmente, não sei o que dizer. Eu não as tenho. Gostaria de tê-las prontas. Porque se tem uma pessoa que merece respostas imediatas e corações puros, essa pessoa é você. 
Você, com seu olhar também castanho, me faz ficar molinha, me enternece. Me faz esquecer o mundo todo num abraço.
Chego a esquecer que aprendi a fechar meu coração. Que não quero mais sofrer. Que não sei demonstrar amor. Que tenho medo. 
Esqueço, principalmente, que já passou da hora de ir embora, que já é tarde e amanhã é dia de luta.
Se eu pudesse definir você com uma palavra, ela seria "inusitado".
Então... Bem vindo a minha vida, Sr. Inusitado!


Mudar o mundo

Ah... Se eu pudesse mudar o mundo...



"E se eu pudesse ser rei,
mesmo que por um dia 
Você seria minha rainha
Não seria de nenhum outro jeito
E o nosso amor governaria 
Neste reino que fizemos 
E eu esperaria como um bobo por esse dia"

Eric Clapton/Change the world

quinta-feira, 4 de abril de 2013

E de repente...

A vida lhe prega uma surpresa...
Você, cansada de tanta picaretagem, com a paciência bem curtinha até tenta estragar tudo, mas acaba levando um tapa na cara com aquela mensagem do além.
Aí você se pergunta: Como pode? Ele é louco? Depois de tudo que eu disse, ele ainda insiste... Como?
E você acha tão inusitado que acaba percebendo que gostou.
E vai te ganhando a cada mensagem boba. Ate que te liga, te cobra pelas coisas detestáveis que você disse e acaba dizendo "-Garota, você é estranha, mas eu gostei de você!"
E essa frase tosca te desarma completamente.
E vocês têm um momento especialíssimo. Vão pra casa de sorriso frouxo. Trocam mensagem antes de dormir e durante todo o dia seguinte.
E você tá lá cansada, voltando pra casa naquele ônibus lotado, quando nota que é alvo de olhares alheios pq ta olhando pro celular e sorrindo feito boba. Meio sem acreditar, meio encantada, meio assustada e totalmente surpresa!
Você tenta não se impressionar, mas recebe a ligação dele a noite e fica toda derretida enquanto conversam.
Ele quer te ver de novo. Quer saber seus planos pra sexta e pro sábado. Ele quer você!
Será que a vida enfim lhe pregou essa peça?
Logo agora que você já tinha desistido. Logo agora que você já tinha cansado. Será?
Você não sabe a resposta, mas ta adorando viver isso tudo de verdade.

Nesse ritmo...

"Não quero sms de: Bom dia. 
Quero uma de: Eu só aceito a condição de ter você só pra mim."







terça-feira, 2 de abril de 2013

Uma história de amor...

Ou não!
Se encontraram propositalmente. Ambos estavam lá buscando alguém.
Alguém que os salvasse de si próprios, alguém que desse novo sentido a vida amarga que levavam, alguém que os olhassem como possibilidade... 
Procuravam alguém e acharam um ao outro.
Trocaram sorrisos, fluidos, prazeres... Momentos!
Mas não sanaram a busca. Não eram o que queriam para si.
Ele, chorando um amor perdido, sofreu nos ombros dela.
Ela, sem ter pra onde ir, encontrou sentido na vida ao consolá-lo.
E assim criaram laços que jamais serão desfeitos.
Ele ergueu-se do chão. Admirável, forte, capaz...
Ela o viu sob novo olhar. Encantou-se como jamais acreditou ser capaz novamente.
Apaixonou-se e imaginou-se correspondida...
Enganou-se!
Não esbravejou, não cobrou, não exigiu. Amor não se ganha no grito. Ela, então, retirou-se.
Ele, dela precisou. E ela não estava lá. Foi egoísta, pensou apenas nela e naquela paixão fantasiada.
Não se sabe se foi ela que permitiu a entrada dele a lugares onde não deixou que nenhum outro estivesse. Ou se ele foi entrando sem pedir licença. Invadindo doce e lentamente sua vida, até não mais ter como sair. Não se sabe, mas em meio a tudo isso, eles se uniram...
E quando ele, tão magoado, reclamou a ausência dela, relatou seus novos dramas e pediu sua companhia, ela enfim, entendeu que o amava sim e que era permitido amá-lo. Mais ainda, ela percebeu que era correspondida.
Soube naquele momento que os dois jamais seriam corpos e desejos. Mas pra sempre seriam almas ligadas. Amando, cuidando, querendo bem.
Não como um homem e uma mulher se querem, mas como irmãos que se importam, que desejam ao outro a mesma felicidade que querem para si...
Pensando bem... Eles vivem sim, uma história de amor. 
E, ai de quem discordar!

Uma vida as avessas...

Primeiro encontrou o amor. Amou. Foi amada!
Viveu tudo de mais fofo e belo.
Um casal de causar inveja. Unidos por todos os lados. Felizes!
Então, tornou-se vilã...
Saiu, dançou, bebeu, curtiu. Foi má, fez sofrer, despertou paixões, conheceu bocas, corpos, histórias, partiu corações, plantou desilusões... Não carregava culpa. Era escrava dos próprios prazeres.
Até que penou. Sentiu dor, saudade, arrependimento, amargor. Perdeu sua maior conquista, seu maior bem.
Acordou do sonho e foi direto ao pesadelo.
Viveu num limbo de esquecimento e sentimentos perdidos. De irrealizações e frustrações...
E lá ficou... Largada a própria sorte, sob olhares de pena e compaixão...
De lá saiu (Será?). E pra onde foi?
Nunca mais encontrou seu caminho. Fechou seu coração, endureceu a alma e a passos de tartaruga manca e sonolenta, tentou caminhar. Só andou em círculos...
Onde ir se não há direção? Não há destino...
Talvez o destino seja este: CAMINHAR!
Então foi perdendo a pose, o orgulho, o prazer de viver intensamente. Esqueceu o melhor que a vida tem pra dar... Desaprendeu!
E tornou-se um ser triste, vazio...
Sonha com amores impossíveis. Imagina príncipes urbanos. Espera por um nova chance de ser feliz...
Enquanto isso, finge ser normal...
É possível que ninguém note seu sorriso amargo, seu olhar vazio, sua postura caída...
E assim vive... Ou sobrevive...
Como se sua vida acontecesse de trás pra frente.

sábado, 30 de março de 2013

Vazio...

Eu sei bem o quanto dói ter um coração partido. Ter uma desilusão amorosa. Sofrer por amor e de amor. Sentir a dor da saudade. Não ser correspondido, entre outros sentimentos desagradáveis que vêm agregados ao amor.
Mas, pior do que tudo isso é o vazio.
É deitar a cabeça no travesseiro e não ter em quem pensar. É olhar o celular e não saber o que esperar. É ouvir uma música bacana e não ter de quem lembrar. É não ter um motivo pra caprichar no visual. É não sentir o coração palpitar. É sentir saudade de quem não existe. É não ter a quem amar...
Pior do que sofrer por amor é não ter pra quem dar amor. É sentir-se sozinho...
Pior do que o amor mal-resolvido é a solidão... 
Pior do que ser triste é ser vazio...

domingo, 17 de março de 2013

Eu nunca fui bem-comportada.


Pudera, nunca tive vocação pra alegria tímida, pra paixão sem orgasmos múltiplos ou pro amor mal resolvido sem soluços. 
Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo. Não estou aqui pra que gostem de mim. Estou aqui pra aprender a gostar de cada detalhe que tenho. E pra seduzir somente o que me acrescenta. 
Adoro a poesia e gosto de descascá-la até a fratura exposta da palavra. A palavra é meu inferno e minha paz.
Sou dramática, intensa, transitória, e tenho uma alegria em mim que me deixa exausta. Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo. Sei chorar toda encolhida abraçando as pernas.
Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar…
Eu acredito é em suspiros, mãos massageando o peito ofegante de saudades intermináveis, em alegrias explosivas, em olhares faiscantes, em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem pra vida da gente.
Acredito em coisas sinceramente compartilhadas. Em gente que fala tocando no outro, de alguma forma, no toque mesmo, na voz ou no conteúdo. Eu acredito em profundidades.
Eu tenho medo de altura, mas não exito meus abismos.
São eles que me dão a dimensão do que sou.

( Rachel de Queiroz )

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