Vivemos numa correria enlouquecida. Trabalho, estudo, casa, relacionamento, família, amigos.
Tudo exige muito de nós. Nós exigimos muito de nós!
E o que sobra?
Estamos fazendo tudo que gostamos?
Estamos onde planejamos estar quando éramos crianças?
Vivemos para o amanhã. Mas e o hoje?
Estamos nos tornando uma sociedade doente.
Precisamos de remédios que nos deem disposição, que nos tirem a tristeza, que nos faça lembrar, que nos faça dormir...
Por que?
O que seremos amanhã?
Gastaremos tudo que ganhamos hoje com remédios.
Seremos velhos, sem disposição e com a cara enrugada. O que faremos com isso?
Viveremos para dar conforto aos nossos filhos e netos.
Mas, e nós?
Nós estamos ficando presos aqui. Sonhando com o amanhã, vivendo para o amanhã e esquecendo de viver hoje.
Nos disseram que devemos ser bem sucedidos e isso significa matar nossos sonhos em busca de um padrão. Um padrão, muitas vezes, inalcançável ou até mesmo insaciável. Chegamos a um lugar e, imediatamente, começamos a buscar outro. Sempre assim, até o fim de nossas vidas.
Confesso que estou até hoje procurando a vantagem se ser bem sucedida.
"Eu quero uma casa no campo, do tamanho ideal, pau-a-pique, sapê [...] onde eu possa plantar meus amigos, meus livros e discos e NADA MAIS [...]"
Salve Elis
Ainda posso virar hippie!