domingo, 17 de fevereiro de 2013

Sou careta?

Sempre fui, mas acho que to ficando pior e esse carnaval serviu pra provar isso.
Não foi o tumulto, nem a sujeira ou mesmo a apavorante confusão no metrô que mais me incomodou.
Afinal, quem tá na chuva é pra se molhar. 
O que mais me chamou atenção, negativamente claro, foi o cheiro e a pegação.
Desculpe quem gosta, mas o cheiro de maconha em todos os lugares me perturba. Me incomoda mesmo. E as pessoas exibiam seus cigarros, gritavam pelas ruas aclamando-a e faziam tudo isso como se fosse lindo. 
Outra coisa que parecia normal era a pegação. Além dos casais se pegando em qualquer canto, ou no meio da rua, a luz do dia, homem/mulher, homem/homem ou mulher/mulher, ainda tem o "beija, beija".
Conhece?
Um grupo de rapazes cerca uma moça e gritam "beija", eles se beijam, todo mundo grita e pronto! Passou! 
Como se beijar valesse ponto. Os rapazes têm até comemoração pra cada boca beijada. E sabe o que é ainda pior? As meninas fazem a mesma coisa. Eu vi uma mocinha entrar numa rodinha de rapazes descamisados, parar na frente de um deles, morder os lábios, jogar os cabelos, puxá-lo, de uma forma até meio agressiva, e beijá-lo. Todos os amigos "uivam" de alegria enquanto o rapaz aperta forte a bunda da moça. Então eles se largam, ela sai da rodinha limpando o canto da boca, um dos amigos ainda dá um belo tapa na bunda da moça, enquanto o rapaz atacado passa a mão no pescoço sinalizando que ela o machucou quando puxou. Uma outra mocinha, num outro lugar, olhava fixamente um vendedor de tequila "loiro Belo". Não satisfeita, subiu bem o micro short, empinou a bunda e começou a tremer. O nome daquilo deve ser "dança do acasalamento". Depois olhava o rapaz e ajeitava o pouco de roupa que tinha, se alisando como se estivesse se observando no espelho. Ele deu um sorrisinho muito do maroto e foi vender tequila noutro canto. A mocinha gritou: "viado" e eu nem sei se ele não ouviu ou apenas ignorou.
E foram várias histórias como esta por toda a cidade. Meninas bêbadas sendo carregadas por amigas, pessoas se comendo em qualquer hora e lugar e maconha, muita maconha.
Talvez eu já esteja uma balzaca completa, talvez seja muito provinciana pra entender a modernidade de uma metrópole como o RJ, ou talvez eu seja de fato, muito careta. 
Mas não quero mais estar nisso. Eu fico envergonhada, indignada, constrangida só em ver tais coisas.
Felizmente não presenciei brigas, apenas entre casais, mas sem agressões físicas, só mocinhas magoadas chorando.
Não sou do carnaval. Nunca fui grande fã. Não curto viajar pq odeio engarrafamento, dormir em qualquer lugar, essas coisas de velho. Também nunca curti tumulto e confusão e agora sei que não curto blocos de rua. Pelo menos, não durante o carnaval.
É, eu sou careta!

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Sobre mim


Não sei receber elogios.
Sou tímida com homens ou em situações que me tornam alvo.
Choro quando tenho que discutir.
Provoco quem demonstra mais timidez do que eu.
Manipulo pessoas sem bater de frente. 
Me encanto facilmente, mas jamais demonstro.
Não dou o braço a torcer e posso estar morrendo por dentro, mas não perco a pose.
Odeio que mexam nas minhas coisas e me peçam algo antes que eu ofereça.
Mas adoro ser útil e ajudar as pessoas que gosto.
Sou grossa quando to magoada, tudo para não sair por baixo.
Sou orgulhosa. Quebro meus dedos, mas não ligo.
Adoro receber carinho, mas fico tão envergonhada que esquivo e só sou carinhosa quando me sinto muito segura pra isso.
Tenho medo de me envolver, perder e sofrer.
Demoro pra me soltar com as pessoas.
Sou insegura. Se não for claro com o que sente por mim, dificilmente vou demonstrar o que sinto também.
Sou ciumenta, mas não possessiva. Não quero ser dona de ninguém, nunca quis.
A verdade é que sou um poço de sentimentos e emoções. Eu sinto tudo e sinto muito. Meu verbo é sentir.
Sou quase uma novela mexicana com aqueles dramas sem fim.
Mas nao há espaço no mundo pra pessoas assim. Então eu finjo. E minha frase preferida é: Eu não me importo!
Finjo não me importar pra tentar sofrer menos ou pra que ninguém note que sofro...
E assim vou vivendo...
São poucas linhas pra me definir, mas sou quase isso aí...

Quem ama só se fode

Não acredito nisso de que quem ama só se fode.
Que você confia, ama e no fim das contas se fode de novo.
As pessoas estão se entregando facil demais num mundo onde isso não é mais valorizado.
Estamos tomados por uma carência coletiva provocada pela solteirísse louca, que acabamos chamando qualquer urubu de meu loiro.
E aí, o que acontece? Nos damos mal.
É óbvio!
Ou levamos uma rasteira ou damos uma, pq percebemos que o outro não é bem o que queremos.
Acho que se começarmos a ter mais critérios na hora da escolha, mais razão pra avaliar declarações vazias e mais paciência pra esperar algo que valha, realmente a pena, antes de sair baixando a guarda pra qualquer sardinha achando que é caviar, vamos nos decepcionar menos, nos ferrar menos, sofrer menos e culpar menos os outros.
Vale a tentativa!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Acabei de ouvir...

Insensível, individualista, ingrata.

Essas palavras caíram como um chumbo na minha cabeça.
Nunca me vi assim. É possível não enxergar os próprios defeitos?
Passar uma vida inteira acreditando ser alguém que não é?
Ainda não sei bem o que pensar, muito confusa.
E você? Mais uma vez eu vi que está saindo gradativamente da minha vida. Abri suas mensagens, olhei por longos segundos, cheguei a começar a digitar... Mas desisti. 
Não preciso de críticas nem de ninguém pra me diminuir mais... Ta acabando. Nós estamos acabando...
Prefiro gritar no vazio...
Bem triste
agora. Tristeza que não sinto há tempo...

Relacionamentos...

Eu já me importei muito...


Hoje tanto faz!
Me sinto triste por isso.
Não sinto vontade de partilhar minhas angústias, minhas dores, minhas alegrias, meus momentos... Nada!
E estou perdendo cada vez mais a vontade.
Não quero mais saber onde você está, se está bem, feliz, seguro... Tanto faz...
O que antes era um livro, o qual eu queria muito ler inteiro, agora já me contento com um resumão do mesmo. Amanhã, talvez, apenas uma resenha me baste. Depois ficarei só com a capa e por fim, ao ouvir o título já saberei que é um livro que não me interessa.
Mesmo assim, é possível que ainda o queira na minha estante.
Mas, quem sabe? Quem poderá prever?
Hoje, ainda é meu resumo preferido!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Eu não preciso disso!

Não preciso de falso amor.
Não preciso de muitos amigos.
Não preciso de quem me puxa pra baixo.
Não preciso de quem só vê em mim defeitos.
Não preciso de ninguém pra desqualificar minha vida e minimizar minhas vitórias.
Não preciso de companhias efêmeras.
Não preciso de vingancinha infantil.
Não preciso de guerra de egos.
Não preciso de confusões que me confundem.
Não preciso me sufocar com as palavras que me privam de soltar.
Não preciso ser tolida, avaliada, recriminada nem aprovada por ninguém.
Não preciso passar por nada em nome de alguns trocados de diversão, em prol de oportunistas, nem pelo simples passar.
Não preciso de votos, não preciso agradar a quem não me faz bem.
Não preciso desabafar com as pessoas erradas.
E não preciso de quem não se importa.
Sei bem do que preciso.
E eu não preciso de você!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Ela fica dengosa quando a chamo de amor
e louca quando a chamo de MINHA.

Eu sou assim:


"Eu vou sumir quando você menos esperar, eu vou surtar com você, vou querer que você sinta medo, orgulho, paixão, tesão e fome de mim.
Eu vou ter as vontades mais loucas, eu vou sentir inveja até da sua sombra por estar perto de você de dia, e do seu travesseiro por estar com você a noite. 

Eu vou aparecer só pra você me perceber, eu vou sumir e aparecer milhões de vezes pra você me notar. 
Eu vou ter sede da sua atenção, eu vou querer seu “mas eu te amo” quando eu disser “eu te odeio, e não quero mais te ver por aqui”.
Eu vou querer um beijo roubado no meio daquela briga, eu vou querer seus elogios quando o espelho estiver de mal comigo, eu vou querer sua sinceridade quando for necessário e a sua doce mentira quando minha vaidade precisar.
Eu vou querer surpresas no meio do dia, ligações inesperadas.
Eu vou respirar você. Eu vou amar você. 
E aí?
Vai querer mesmo cruzar meu caminho?”

— Tati Bernardi.

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