Sigo assim. Pedindo perdão a Deus pelas fraquezas e tentando me perdoar pelas mesmas.
Sigo.
Meu maior problema hj em dia é a Heineken. Já abandonei todos os medicamentos, mas ficar bêbada e dopada é a mesma coisa pra minha mente. Faço as mesmas merdas que me envergonham depois.
Sou mais cautelosa depois da batida, em relação a beber e dirigir, mas ainda passo dos limites.
Continuo apostando na restrição.
Beber é ótimo. É agradável, gostoso, dá uma ondinha boa, eu relaxo... Mas o DEPOIS tá me quebrando. Primeiro pq gasto o que não posso.
Depois pq tem outros efeitos desagradáveis no meu corpo: fico trêmula, cheia de aftas e bolhas no céu da boca, paladar deficiente, sudorese, engordo 2/3kgs... tudo isso por uns 2 dias.
Mas, o maior e pior efeito do DEPOIS é a memória. Os lapsos estão cada vez mais violentos. Mesmo bebendo pouco, tenho uns recortes temporais absurdos. Tipo, lembrança zero mesmo. Isso tem me assustado.
Juntando os vestígios do que eu fiz na galeria e nas conversas, com tudo que sinto e essa falta de memória já é o suficiente pra não querer beber mais. O foda é que eu sempre acho que vou conseguir controlar e acabo me rendendo de novo.
Depois disso tudo é juntar os caquinhos e continuar seguindo.
Quando eu estava muito doente, queria me matar depois dessas merdas todas, a propósito, fazia mto mais merda, hoje já criei alguns mecanismos pra lidar comigo mesma qndo estou acordada, mas inconsciente, vulgo bêbada.
As merdas são menores, os danos tbm e a doença mais branda. Quero morrer de raiva e arrependimento, mas já não penso em me matar. Só me sinto um cocô mesmo.
Pooor isso, estou segurando a onda. E até que estou indo bem.
Por isso tbm, tô me perdoando, me aceitando, aprendendo a lidar com meus percalços e tentando muito ser melhor.
Tenho ctza de que sou capaz.
Perdão, Paizinho. Tô fazendo a minha parte aqui pra dar menos trabalho. Siga me cuidando, não desista de mim.
Amém!