Eu to sozinha

No inferno!
Estou melhorando da depressão. Sim, estou!
Mas sabe o que é pior?
Melhorar e perceber que vc vive numa merda.
Que vc é uma merda de ser humano.
Não é a doença que me faz pensar assim.
Eu tô bem e enxergo claramente.
Que lixo de pessoa eu sou.
Pobre, infeliz, medíocre.
Talvez eu nem estivesse doente. Talvez fosse só minha mente tentando me dizer que pode melhorar.
Mas a vdd é que não pode. Eu sou realmente esse monte de bosta.
Como posso ser esse monte de nada?
Nada dá certo pra mim. Nem vai dar.
Pq eu sou mundana. Gosto dos prazeres lixos desse mundo de cão.
Mereço a lama, pq até a morte é luxo pra mim.
É isso.
Inferno. Eu sou meu inferno.

Meus excessos

É preocupante pensar nisso.
Eu sempre soube e achei que a cirurgia fosse me ajudar. Mas não. Está tudo dentro dá minha cabeça.
É sufocante admitir.
E agora estou aqui me culpando por viver de excessos.
Mas pq?
Minha mente não consegue processar o satisfatório. Ela precisa que meu corpo limite isso pq ela não consegue me limitar.
Eu preciso beber até a inconsciência, comer até o estômago doer e vomitar, me tocar até esfolar e gastar sem o menor controle, até q não sobre nada.
Só assim meu cérebro me ajuda a compreender que estou saciada ou... Completamente fodida.
Pq eu tive que vir danificada de fábrica?
Tudo poderia ser tão mais fácil.

Depois de certa idade...

A gente começa a ficar mais exigente.
Se por um lado, passamos a nos importar menos com trivialidades, por outro, deixamos de tolerar pequenos arranjos.
Os fins deixam de justificar os meios.
Há um tempo atrás eu estava passeando com amigos pela região dos lagos. Foi um passeio pra lá de bacana, mas estávamos em 5 num mesmo carro. Até que para dormir não foi 'tão' apertado, mas conforto zero. Valeu a pena? Naquela época sim. Os fins certamente justificaram os meios. Não hoje.
Não estou certa de que me aventuraria num carro lotado e más condições de sono por um passeio bacana com amigos novamente. Na verdade sei, e a resposta é não. Não passaria por nada parecido de novo.
O mesmo acontece com bebida e comida ruim, músicas perturbadoras, filmes com qualidade duvidosa, livros rasos.
Compartilhar uma cama ou um ambiente de sono é algo q me esmaga só de pensar.
Enfim, depois de certa idade passamos a valorizar muito mais a qualidade das coisas e dos momentos. Valorizar nosso bem estar.
Valorizar os fins, mas principalmente, valorizar os meios.

Por que?

Pq estou tão triste?
O que há?
Está tudo caminhando tão bem...
Estou medicada, inclusive.
Mas essa tristeza que vem me rondando, hoje se apoderou de mim e mal posso me mover.
O que está acontecendo comigo?
As coisas estão como eu gostaria que estivessem.
Mas minha mente danificada em escalas coloridas não me acompanha.
Ela sempre fode com tudo.
E aqui estou... Triste, desanimada, infeliz, incapaz de me erguer...
Por que?

Houve um tempo...

Em que me preocupava demasiadamente em agradar.
Ainda hoje, me sinto abalada quando as manifestações se simpatia alheias dedicadas a mim não correspondem as minhas expectativas, mas já não vivo pensando em agradar.
Quero estar satisfeita comigo. Confortável em ser eu.
Acho que depois disso nada mais vai importar.
Preciso caminhar para isso agora.
Os tempos mudam. Minha forma de ver as mesmas coisas através do tempo também mudam.
É tão clichê dizer que quero agradar a mim em primeiro lugar. É a verdade deve ser essa para todos.
Mas o que desejo é apenas ser feliz em ser eu.

Quero escrever...

Mas sobre o que?
É... Estou ociosa. Esse tempo extra me faz ter vontade de escrever, mas de que adianta?
Me falta inspiração. Tô lamentavelmente sem assunto.
As coisas estão mudando. Ainda não posso dizer q estão diferentes, mas estão sim mudando.
To na pós. To me cuidando. To com um lindo diploma no armário. Deveria estar transbordando de alegria semi gratuita.
Mas eu só tô aliviada.
Uma coisa é certa: Estou cheia de expectativas.
Sabe aquela certeza de que tudo vai ficar bem?
Sabe quando ela vem junto com a sensação de que isso vai acontecer muito, mas muito em breve?
É exatamente essa certeza que tenho sentido.
Vai dar tudo certo. Tá perto!

Das certezas que tenho na vida...

São poucas coisas que sei...
Mas nesse mar de dúvidas, eu sei de uma coisa:
Minha irmã me ama!
E muito!
Sei q meus pais também, mas eles precisam me amar mesmo RS
Agora, ela... Ela é uma das minhas maiores certezas nessa vida.
Ela sempre está lá. Eu sempre posso contar com ela. Ela acredita em mim. Ela me admira. Ela me ama incondicionalmente.
Isso me traz segurança. Eu que deveria cuidar dela, mas ela sempre cuidou de mim.
Enquanto ela estiver em minha vida, eu nunca estarei sozinha.
Minha irmã amada!

Solidão

Sabe, eu preciso de alguém.
Todas as células do meu corpo pedem um companheiro. Todos os meus sonhos perturbados me mostram a vida com um companheiro.
Me mostram o amor de novo.
Mas também me mostram a minha incapacidade de ser feliz.
É como se eu estivesse fadada a não conseguir. Mesmo que eu conseguisse, não saberia retribuir e fazer alguém feliz.
Eu nunca consegui. Pq um dia conseguiria?
To dizendo isso pq acabei de acabar e tive um sonho tão intenso.
Eu estava com um homem que eu amava muito. To até agora tentando ter certeza de quem ele era. Um pouco de Jared Padalecki com Júnior.
Talvez pq Jared seja meu ideal de homem perfeito e Júnior o único amor de verdade que conheci.
O fato é que tínhamos uma família. Uma casinha, filhos e dramas. E eu não o fazia feliz.
Tive um apagão de memória por 3 anos e quando despertei já estava com os filhos. Me parece que durante esses três anos fui um robô. O deixei só, mesmo estando vivendo sob o mesmo teto. E ele endureceu.
Cuidou da casa, dos filhos, de mim... E apenas havia se conformado com isso.
Até que eu despertei. Levei um susto, mas amei minha família. Fiz amor com meu marido, mas não foi bom... não foi igual. Ele já havia esfriado de vez. Vivíamos de aparências e ele penas cuidava muito bem de mim e dá nossa família. Mas só...
Quando tentei retomar minha vida, meu trabalho, amigos...Percebi que a vida não era tão boa.
Descobri que estava de licença médica há mto tempo e vi dificuldades pra voltar ao trabalho. Meus filhos não eram meus maiores fãs. Eu não conseguia ajeitar minha casa (que era um quintal de uma família que foi ficando rodeado de 'puxadinhos' ao lindo dos anos. Como o meu). E por fim, descobri que meu marido incrível, estava tendo um caso um ex meu (que era o Júnior, só que com a aparência do Marcos Palmeira).
Acordei com tanto medo. Com essa sensação de incapacidade. Sei que foi só um sonho. Mas pq meu inconsciente me revelou esse drama?
Drama digno de novelão mexicano.
Eu não sofria, apenas não era feliz. É isso é algo terrível de imaginar para uma vida.
Pq eu apaguei estando viva? Pq a traição com outro homem? Que questões são essas?
De qualquer forma, eu sinto isso. Sinto que não sou capaz de oferecer vida boa a ninguém.
Pronto... Fui dormir sem solução pra vida. Acordei me sentindo um átomo inútil na vida...
Que delícia!

Meu Deus...
Quando isso vai acabar?
Será q um dia vai acabar?
Será que terei cura?
Ou será que terei que dar fim a isso?
Não gosto dessa vida. Não tenho vontade de vivê-la.
Estou me esforçando pra dar certo, mas não sei se pode melhorar...
Vazio...
Nada...
Solidão...
Como será o fim disso?

Nunca serei...

Sabe... Às vezes, mas só às vezes, sinto algo que não sei definir.
É algo novo. Talvez por isso cause confusão.
Mas, às vezes, sinto uma vontade de ter um mini ser gerado por mim.
Não sinto a menor vontade de ser gestante. Nenhuma mesmo. Nem de amamentar. Digo, a ideia é linda, mas não me parece confortável, então, não obrigada.
Na verdade, nem sei ao certo do q sinto vontade.
Mas tenho a certeza de que não saberei. Nunca!
E nessas poucas vezes em que me sinto tomada por esses sentimentos que ainda não sei nominar, bate uma dorzinha por ter essa certeza.
Sei lá...
Acho que isso é só mais um pensamento solto, mas recorrente. E novo...