Comprei remédios, cervejas e fiz de novo...
Um remédio, uma cerveja, um remédio, uma cerveja...
Passei o dia assim. Já queria morrer novamente.
O dia passou que eu nem vi. Não almocei, não lanchei, só remédio e Heineken.
Minha mãe apareceu lá e me deixou irada. Estava descoberta, reagi atacando. Quis mais, bebi mais, tomei mais remédio.
De repente, no caminho pra casa me deu fome, abaixei pra pegar o sanduíche.
Cerveja, volante e procurando sanduíche...
Bati num carro estacionado. Paradinho ali... Eu bati!
Quebrei meu eixo, o eixo dele, quis brigar com todos que apareceram, meu sobrinho me viu naquele estado...
Vim pra casa ainda bêbada e dopada.
No dia seguinte juntei o resto do meu dinheiro, fui a farmácia e comprei mais remédio e 3 giletes.
Cheguei em casa e me cortei. Fiz vários cortes. Eu merecia. Eu mereço.
Merecia ter morrido naquele acidente.
Hoje acordei sóbria. E a dor veio.
Forte
Perfurante
Dilacerante
No fundo da alma
Aquela dor que só para com o sono eterno.
Aquela velha dor que já estou acostumada.
A dor!
Minha família é incrível. Mas esse vazio que a dor causa não aceita nada para preencher. Nada!
Viver com isso é cansativo demais.
Não aguento mais...
Não tenho dinheiro, não tenho emprego, não tenho como consertar o carro do moço, imagina o meu.
Meu carro é tudo que eu tenho, meu único bem.
E agora?
Nem morrer eu posso, pq tenho que consertar isso antes...
Eu sou assim. Estava tudo bem, mas do nada... desmoronei!
quinta-feira, 25 de julho de 2019
Do nada
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