Passo o dia pensando em fazer algo contra mim.
Penso em usar lâmina de barbear pra cortar minha pele. Penso em pegar uma tesoura e cortar meu cabelo.
Fico pensando que aqui não é meu lugar. Que eu não deveria estar aqui e me sinto tão culpada por pensar assim que acredito que não mereço o dom da vida.
Tenho certeza disso.
Tenho pena dos meus pais. Tenho pena do Diogo. Ele não sabe nem a metade do que faço e passo.
E ele ainda fica comigo.
Não se isso é um alívio ou um peso.
Às vezes estou cheia de pensamentos confusos. Às vezes paro e não penso em nada. Não faço nada. É Como se apagasse. Não consigo agir e nem comandar meus movimentos mais simples.
Depois disso penso: Que porra de vida!
Agora o remédio que me dava alívio não está funcionando mais sem a cerveja. Acho que abusei tanto dele que perdeu o efeito. Por isso, não tenho dormido bem. Algum dos meus remédios está me causando infecção urinária contínua e isso me deixa muito agitada.
Não tenho ânimo pra ir ao médico.
Me sinto gorda e fracassada por ter passado por uma cirurgia e não ter melhorado, mas não consigo passar muito tempo sem estar com o estômago cheio. Se eu não comer, quero beber.
Sinto vontade de gritar. Gritar muito.
Às vezes sinto vontade de fugir só pra ser louca em paz. Sem ninguém pra preocupar ou decepcionar.
Só sumir e me abandonar em um lugar qualquer.
Minha mente tá me matando.
Será que isso é resultado de tanto tempo depressiva? Ou de tantos medicamentos?
Estou assim há tanto tempo que as pessoas estão lentamente se afastando.
Quem quer conviver com alguém que seja tão negativo e tóxico?
Minha mãe fala na minha cara que não confia em mim e agora não vai me deixar mais sozinha com meu sobrinho. Eu não sou capaz de fazer nada sozinha.
Não consigo mais ficar sozinha, pq quando eu fico, sou tomada por um milhão de pensamentos terríveis.
Procuro algo pra fazer contra mim. Sou minha inimiga.
Se eu continuar nessa vida, serei aquela velha que ninguém quer por perto. Aquela que minha irmã vai fazer de tudo pra poupar o filho de saber o quanto é doente e irresponsável.
Me tornei o que eu mais me indignava.
Sinto vergonha de mim.
Me sinto louca, incapaz. Hoje existem outros termos, mas aposto que há um tempo atrás eu seria somente A LOUCA.
Minha última ligação é minha família, o Diogo e a família dele.
Se essas pessoas me virarem as costas e vou sucumbir na minha própria loucura.
Nem sei o que seria melhor.
Viver é um fardo pra mim.
Se existe um Deus que me deu o sopro da vida, peço perdão por ser tão egoísta e rejeitar algo que é tão precioso.
Mas eu não sou boa nisso.
Já desisti faz tempo.
Minha cabeça tá ruim. Danificada.
Estou cada vez mais maluca.
segunda-feira, 25 de março de 2019
Estou cada vez mais maluca
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