terça-feira, 3 de julho de 2012

Relacionamentos

Relações humanas são estranhas.
Pensa só!
Você conhece uma pessoa sem nenhum laço sanguíneo com você e de repente desenvolve um sentimento, muitas vezes, maior do que tem pelas pessoas que você conhece desde que nasceu.
Você não consegue mais viver longe e é capaz de fazer tudo por ela.
Então você abre a sua vida pra essa pessoa, conta seus segredos, mostra seus melhores lados e, quando dá tempo, mostra até os piores.
Vocês passam juntos momentos grandiosos da vida de cada um. Momentos decisivos, momentos tristes...
Você traz ela pra sua família e ela acaba fazendo parte, assim como você se sente parte da família dela também.
As pessoas passam a vincular sua imagem a imagem dessa pessoa. E perguntam de você pra ela e dela pra você.
Vocês se unem de uma forma que criam uma "personalidade dupla" e não é dupla-personalidade. Veja bem, personalidade dupla é uma personalidade de vocês dois quando estão juntos. Vocês falam em códigos que ninguém mais entende. Criam novos programas favoritos. Não é o seu programa preferido, nem o dela. É o de vocês. Só tem graça quando estão juntos. 
Vocês têm um vocabulário particular. Olhares específicos e mais uma série de códigos que só vocês entendem. Você não tem essa sintonia nem com seu melhor (a) amigo (a)! É impressionante.
Um entra na vida do outro de tal forma que as coisas começam a se confundir. Você não sabe mais quem é você sem aquela pessoa e nem ela.
E vocês passam a maior parte do tempo juntos. Conversam sobre tudo. Comem as mesmas coisas, dormem na mesma cama, Tomam banho juntos, trocam fluidos corporais [oh yeaa!], dividem desejos, sonhos, planos...
Até que um dia... Tudo acaba!
Quem é mesmo aquela pessoa que você dividiu sua vida? Ela não é mais aquela que você tanto amou.
Aquela personalidade dupla deixa de existir, nada do que vocês faziam juntos tem mais sentido ou graça.
Você começa a tentar se redescobrir. Quem é você depois de tudo?
Você quer ser diferente, quer mudar, quer distância de tudo que você foi pra ela...
Você sente falta da família daquela pessoa pq tornaram-se sua família também. Sua família sente falta, seus cães sentem falta... E os amigos em comum? Parecem até bens de partilha... Uns ficam do lado de cá, outros ficam do lado de lá e pior, há os que se dividem! Pense no leva e trás constante que isso vira...
Entrar nas redes sociais do outro? Que absurdo! Isso não é cabível! (Mesmo que antes vocês partilhassem até a mesma senha do banco!)
Aquela pessoa com a qual você dividiu suas maiores intimidades tornou-se uma estranha. Vocês se esbarram e mal se cumprimentam, ou isso acontece cheio de solenidades, apenas pq vocês são educados...
Isso tudo não é estranho?
Relacionamentos são tão esquisitos! 
Dá um medo!
Quando eu penso em tudo que vivi com o ex, tudo que passamos juntos, tudo que éramos juntos... E olho pro que somos hoje, não consigo entender. Como somos capazes de nos abrir tanto, de nos dividir tanto e depois de fingir que nada aconteceu? Como somos capazes de amar tanto a uma pessoa e depois estar pronta pra amar outra como se nada tivesse acontecido?
Tenho dificuldade pra aceitar relacionamentos frívolos e efêmeros!
Tenho dificuldade pra entender pessoas!
Tenho dificuldade pra viver nesse mundo onde fingir não sentir é a melhor forma de agir!




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