terça-feira, 10 de julho de 2012

Eu não vou me adaptar...


Eu mudei tanto. Quando paro e olho, vejo o quão diferente sou.
Bom? Ruim? Eu não sei!
Uma coisa é verdade. Eu não aceito certas coisas. Não consigo achar normal. Não consigo achar banal.
Penso em várias coisas legais pra escrever, mas sentar aqui e elaborar algo bacana em cima disso requer tempo e to tão sem... Hoje vou escrever o que me der na telha, sem grandes revisões... To no rascunho.
To numa fase totalmente pensativa. Eu tenho muitas diferentes, né? Atualmente, to enrolada e comprometida! 
Éééé... To comprometida comigo e isso tem sido prioridade!
Também não to na pior fase do tesão absurdo, mas confesso que ele não me larga nem em meio a todo esse cansaço. Que triste!
Muito cansada, muito enrolada, mil problemas resolvíveis, mil soluções trabalhosas, mil preocupações...
Tudo isso me mostrou o quanto não me importo com certas coisas. To bem "ah... Deixa!" ultimamente.
Quando nos colocamos no centro, todo o resto vira resto. Eu sempre me coloco em primeiro lugar na ordem de prioridades, mas não to falando de me amar e me valorizar. To falando de me comprometer comigo, trabalhar por mim, resolver meus problemas, me cuidar... Depois disso você acaba olhando pra todo o resto e pensando que não vale pensar.
To assim!
É impressionante como mudei comigo mesma. Como me respeito mais. Isso é bom!
É o tempo! Me aproximo de mais um aniversário e vejo o quanto a idade influi em tudo. Muitas coisas perderam a graça, outras, antes desinteressantes, hoje me atraem mais e por aí vai...
Minha pele mudou, meu sorriso, meu corpo, minha disposição, minhas ideias, meu cabelo... Nossa, meu cabelo não é mais o mesmo. Olha que não uso química, não pinto... Era pra ser igual e não é!
O tempo é imparcial.
No entanto, mesmo com tantas mudanças e transformações, ainda me recuso a aceitar certas realidades. Relacionamentos falidos entre pessoas que gosto muito. Má conduta de outras, muito queridas por mim. Relações de poder no trabalho. Ganância, inveja, mentira... Me dói ver isso. Me dói mais ainda ver isso tão perto.
Há pessoas que deixam o tempo mudar sua essência. Eu luto pra não mudá-la. Me forço a lembrar quem eu sou e como eu sou, todo o tempo. Mudo de opinião, mudo de estilo, mas o que sou, bem lá dentro, não vai mudar... Por isso certas realidades me incomodam tanto... Não consigo, simplesmente, não me importar. Não dá!

Isso me faz lembrar de uma canção do Arnaldo Antunes que é muuuito tudo isso: Não vou me adaptar!
Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia
Eu não encho mais a casa de alegria
Os anos se passaram enquanto eu dormia
E quem eu queria bem me esquecia

Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar (3x)

Eu não tenho mais a cara que eu tinha
No espelho essa cara já não é minha
É que quando eu me toquei achei tão estranho
A minha barba estava deste tamanho

Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar
Não vou me adaptar!
Me adaptar!

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